quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.
Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, lingüiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola. 
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado. 
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse: " - Adorei a torrada queimada..." 
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse: 
"- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias! 
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. 
Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar. A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.” 
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. 
Então, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida à você e ao próximo. 
"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."
Já dizia o poeta Manoel Cícero do Nascimento:


No mundo da teimosia
entre a tristeza e a arrogância,
é tão triste a ignorância,
tão cruenta e tão mordaz
que a própria sabedoria
de tudo sabendo tanto
não pode saber do quanto
o ignorante é capaz.


Pois bem... as poesias são capazes de falar mais na vida do que qualquer outra coisa. chegamos a definir momentos não só individuais como coletivos também... hoje eu me paro diante desta pequena poesia e vejo a situação em que vivemos, tão intrísseco esse sentimento tão atoa, cheio de individualidades que me pergunto se é realmente assim, se tem de ser assim, a vida é uma caixinha de surpresas e eu quero abrir qualquer dia desses uma dessas.
 

terça-feira, 20 de setembro de 2011


DELETANDO

 Quantas vezes
Nos encanta
Um momento
Que se forma
Com a forma
De um encanto
Precioso
Que, no entanto,
Assim, tão frágil
Não resiste
Ao silêncio
Das palavras
Que não dizes
Ao abraço
Que me negas
Mesmo quando
No meu canto
Com carinho
Eu te espero.

Se assim queres
Que assim seja
Toda a festa
Se cancele
Se desfaça
Todo o encanto
De tua forma
No meu leito
Que o silêncio
De tua ausência
Com certeza
Também cala
Tua voz
Aqui dentro
No meu peito.

WILSON MELO DA SILVA FILHO

CÁSSIO SAUDADES!!!

Gente que saudade.... Saudade pode ser um sentimento que cause bem-estar, quando se lembra de algo bom, uma boa lembrança do passado, mas também pode ser ruim quando da ausência por circunstâncias alheias a nossa vontade, como a distância física… como é ruim sentir falta, sabe... Momentaneamente venho tomado à ciência que amar não é algo tão bom assim, amar é sofrer, sofrer pelas diferenças, por não poder compartilhar aquilo que se pensa por medo do desconhecido. Porque é isso mesmo o nosso outro, não passa de um desconhecido, mascarado por uma mente individualista Há algum tempo eu tive o privilégio de conhecer alguém muito especial, alguém que sabia o que falar e o melhor ainda, sabia quando falar... Tempos bons, eu me sentia querida me sentia segura mesmo com certa distância, eu sabia que nem precisava abrir a boca para ser entendida, sabia que o outro do outro lado me daria bons conselhos.. Mas a ingrata imperfeição me tirou esse privilégio. Só tenho a agradecer a Jeová por ter me dado a oportunidade de quem sabe um dia rever tudo isso só que agora sem imperfeições. A alegria de poder compartilhar sem ser criticada e apenas entendida sem aqueles porquês chatos de usar a empatia de forma errada. Como poder definir outros por meio de metas nossas? Conseguir essa complexidade é dom de poucos, pois pré-julgar é tão normal e comum a humanos, a totalidade mesmo na visão macro da coisa parece tão absurda e longínqua que acaba por me consumir as idéias e a inspiração de falar sobre o outro acabar por escorregar de minhas mãos. Gostaria de ter esse privilégio de poder recitar versos de maneira a falar algo além de nossas condições mentais, de recitar e ser ouvida acho que melhor que isso... Gostaria de como antes não precisar dizer nada e ser mesmo assim entendida ser desarmada como uma mulher que anseia o desejo físico... Saudades é uma metade cheia e metade vazia, as lembranças não chegam a completar, mesmo sendo elas boas e proveitosas, o vazio vai ficar lá e dividir o espaço com as lembranças porque saudade é isso, é sentir o vazio por recordar das lembranças... rever o tempo, tornar o passado sempre presente em muitos instantes seguidos, é rir sozinha ao escrever sobre o que se deseja, é deixar suas mãos trabalharem mesmo que não acompanhando sua mente e deixar as palavras saírem sem sequer pensar nelas e quando se vê pronto já se fez... Hooo saudades dessa memória vaga completa por coisas minhas ditas de outrem... O bem querer exacerbado, tido como uma pura ingenuidade infantil de uma criança que vem buscar o dôce mais de uma vez na nossa mão e nem se toca que só estamos brincando... Pura ingenuidade mesmo. Desta que me refiro eu pude conhecer e só deus e eu sabemos como é bom sentir. Talvez seja melhor do que sentir as saudades que ela me proporciona quem sabe não seja eu digna de completar essa metade vazia que contrabalanceia as lembranças boas de palavras dôces. Quem sabe?...  

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Empatia...

Certa feita, de conversa com uma determinada pessoa eu lhe fiz a seguinte pergunta: empatia é humano ou é recíproco? Gente... em meio a um papel em branco eu me paro a escrever sobre este sentimento tão nobre que nos faz realmente dignos de ser chamados racionais, mesmo sabendo que os animais também são capazes de desenvolver isso. A Empatia é uma resposta afetiva vicária a determinada situação de outra pessoa longe da sua realidade momentânea, não é nada fácil desenvolver, né atoa o mundo contemporâneo mostrando como os seres humanos estão sendo capazes de "demostrar" isso mas vale salientar a capacidade que temos em poder demonstrar. Para os estudiosos trata-se de uma inteligência emocional cognitiva e afetiva que une a capacidade de compreender a perspectiva psicológica de outro à habilidade de experimentar reações emocionais por meio da observação da experiência alheia. É  algo tão simples e ao mesmo tempo complexo, alguns ao redor do mundo vem mostrando por meio de ações bem intencionados que ser empático é mostrar sabedoria e querendo ou não o mundo espiritual, ou melhor o desenvolvimento dessa espiritualidade nata faz com que sejamos mais compassivos e hábeis pois antes de mais nada aprendemos a ser empáticos primeiro conosco, é a necessidade de ser hospitaleiro primeiro a sua totalidade, o velho reconhecimento da sua natureza humana, imperfeita e diferente por isso tão iguais, entendendo a sua natureza, vendo a sí na sua conjuntura antes de mais nada te faz ver o outro na mesma dimensão, nessa realidade ambígua, as vezes somos tão desmedidamente grosseiros com a nossa própria condição humana, com a maneira que levamos, enxergamos, as coisas justamente por ser tão diferentes, que pré-julgamos certas atitudes mediante a nossa realidade, a incrível capacidade de absorver e comparar entre os "certos" da vida e olhe que por mais q sejam essas as minhas palavras e sendo eu tão cruel comigo por sempre esforçar toda essa mente em levar ao próximo a minha realidade durona que vez por outra acabo por cair nessa mesma armadilha e é como se derrepentemente eu passasse de uma deusa e por essa atitude ganhasse a forma humana num simples piscar dos olhos e me sentisse vulnerável e volúvel brigando sempre comigo pelas realidades que eu não posso controlar. Acredito que somos todos assim, falar da realidade natural humana é algo tão universal que parece as vezes fugir de nossas mãos é como se fossemos incapazes de compreender e é assim, pois se fosse possível tamanha capacidade  talvez alguns estudiosos complexados, sem base de vida, por acreditarem tanto em sí acabam desacreditando nas diferenças, e caem em constantes contradições com a sua própria realidade. Chego ao fim desta postagem, depois de tanto rever para mim essa realidade complexa acreditando que pensar é algo que engrandece o ser como humano racional e ler ainda mais pois torna as nossas diferenças mais próximas chegando a criar vínculos entre elas, escrever é a arte de colocar em páginas brancas uma realidade individual é dar vez e voz a sua história, a seus conceitos e algumas vezes torna-los reais e úteis pra montar realidades coletivas.